Limpeza étnica é o real motivo da morte de milhares de cristãos
10 fev 2016República do Congo
As ações do Estado Islâmico na República do Congo estão passando despercebidas
Enquanto o Estado Islâmico chama a atenção do mundo inteiro com seus ataques violentos, principalmente contra o Iraque e a Síria,
seus movimentos mais discretos estão dominando o Oriente Médio e poucos
notam. A imprensa noticia apenas os escândalos, mas as verdadeiras
intenções do EI estão passando despercebidas. Na África Central, um
grupo militante islâmico radical invadiu o extremo leste da República
Democrática do Congo. O MDI (sigla em inglês que significa Defesa
Muçulmana Internacional), anteriormente conhecido como Aliança das
Forças Democráticas, infiltrou-se na região e está fazendo uma
verdadeira limpeza étnica, tentando exterminar com os cristãos, a fim de
criar ali mais uma central do islã, para comandar toda a região dos
Lagos.
"Com essa intenção, os ataques aos
cristãos, que são a maioria deste lugar, têm sido frequentes. Cada ano
que passa a situação piora ainda mais. Sequestros e assassinatos agora
fazem parte do cotidiano deles. Estamos diante de uma preparação da jihad,
nome que eles dão a uma guerra que chamam de ‘santa’ e que possui o
foco de construir um governo único para o mundo", comenta um dos
analistas de perseguição. Atuante no coração da África, a região dos
Lagos é o lugar onde o Estado Islâmico mais comete atrocidades. "A
militância islâmica africana é a corrente ideológica mais ampla que
existe. Até os pequenos grupos radicais são inspirados pelo EI. No ano
passado, a jihad como eles chamam, custou a vida de milhares de cristãos
de diversos países", diz o analista.
O MDI islamiza toda a região, inspira as
pessoas a se revoltarem contra o governo, recrutam crianças, oferecem
educação gratuita e presenteiam seus pais. "Depois que eles dominam,
então mostram como são violentos, sequestrando jovens para repor suas
fileiras militares, raptam mulheres para servirem de escravas sexuais e
também para reproduzir mais crianças, além de massacrar os moradores",
explica um pesquisador. De acordo com o governo de Uganda, o MDI tem
apoio do governo islâmico do Sudão, além de ter ligações com Al-Shabaad
da Somália, Boko Haram da Nigéria e Al-Qaeda.
E qual tem sido o
impacto desses acontecimentos sobre a igreja? Levando em conta que a
população relacionada é predominantemente cristã, cerca de 95,8%, o
impacto tem sido imenso. "Essa crise tem colocado a igreja sob pressão.
Os cristãos lutam para lidar com o deslocamento, perda de entes
queridos, sérias dificuldades econômicas e muitos traumas. Muitas
igrejas tiveram que ser fechadas. Porém, vale a pena observar que falta
dinheiro, mas não faltam membros nas igrejas, e elas continuam a existir
em forma de pequenos grupos, que resistem debaixo de muito sofrimento.
Eles realmente precisam das nossas orações. Por favor, ore por estes
cristãos perseguidos", pede o analista.
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