A situação dos refugiados cristãos
12 fev 2016Oriente Médio
Muitos são obrigados a deixar sua casa e se refugiar em outras localidades, às vezes, até fugir do país, arriscando suas vidas
Sabe-se
que o Oriente Médio tem um número aproximado de 12,5 milhões de
refugiados. Mas não se tem certeza da porcentagem de cristãos que estão
entre eles. A maioria foi forçada a abandonar suas casas e a se refugiar
em diversas regiões da Síria.
Alepo já foi considerada a cidade mais cristã desse país, hoje, porém, o
número de cristãos lá diminuiu de 400 mil para 60 mil, durante os
últimos quatro anos de guerra. Outras localidades menos conhecidas
também enfrentam momentos em que os cristãos precisam decidir se
refugiar ou não. Em doze estados do norte da Nigéria,
por exemplo, governados pela sharia, 27 milhões de cristãos são
considerados de segunda classe e discriminados tanto pelo governo, como
por suas aldeias e famílias. Isso criou um número incontável de cristãos
refugiados que deixou o norte da Nigéria e partiu para outras
localidades do país, e em alguns casos, até para outros países.
No Quênia,
a situação não é muito diferente, muitos cristãos estão fugindo das
áreas muçulmanas e dezenas de milhares de pessoas morrem pelo deserto ou
são capturadas por traficantes de seres humanos. Da Eritreia
também saem muitos cristãos que partem com destino à Europa.
Estatísticas demonstram que 22% de todos os refugiados que chegam à
costa italiana são eritreus. Até mesmo cristãos paquistaneses estão
fugindo para países do sudeste asiático pedindo asilo por motivos de
perseguição religiosa. A revista Portas Abertas
de fevereiro traz uma reportagem especial para se ter ideia de como é
viver como um refugiado. Segundo as estatísticas, os refugiados já somam
cerca de 60 milhões em todo o mundo.
Embora as notícias
sobre eles enchem os olhos de lágrimas, é possível enxergar o lado bom
da perseguição. Muitos muçulmanos estão tendo um encontro real com Jesus
nos campos de refugiados da Jordânia e do Líbano. Estes novos
convertidos já sonham em plantar novas igrejas quando regressarem. Na
Síria, nos campos de refugiados, cristãos e muçulmanos se misturam, a
ajuda humanitária dada aos cristãos também é estendida a eles, que podem
testemunhar atos de bondade e a realidade do evangelho. Segundo um
líder cristão sírio em Alepo, a igreja cristã continuará ajudando tanto
cristãos quanto os muçulmanos que respeitam e se aproximam deles. "Isso
representa uma grande mudança, pois eles foram ensinados que os cristãos
tentariam matá-los ou envenená-los, mas ao invés disso, eles estão
sendo surpreendidos com o amor de Cristo. Apesar das dificuldades, tem
sido emocionante ver estas cenas", conclui o líder.
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