quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Os Atributos do Ser Humano

Os atributos do ser humano revelam que Deus o criou de tal forma que ele é diferente de qualquer outra criatura. Isso quer dizer que o homem reúne certas qualidades que somente ele possui no reino criado.
Os atributos do ser humano estão diretamente ligados ao fato de que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. Isso quer dizer que de certa forma somos parecidos com Deus – ainda que exista uma diferença enorme entre a natureza de Deus e a natureza humana.
Ao longo do tempo os estudiosos têm discutido o que realmente significa ser feito à imagem e semelhança de Deus. Nesse ponto alguns atributos do ser humano são apontados como sendo a definição do que isso quer dizer. Alguns dizem que se trata da racionalidade do homem; outros acreditam que se trata de sua volição e pessoalidade; outros defendem que se trata de sua capacidade e responsabilidade moral; e ainda outros pensam que se trata de sua posição de governança na natureza ou mesmo de sua espiritualidade.
Mas como alguns teólogos muito capacitados também afirmam, talvez a melhor posição seja entender que Deus criou o homem e a mulher como seus representantes e vice-regentes sobre toda a criação. Então ser a imagem de Deus é ser um refletor da glória e do caráter de Deus no domínio da criação – e para tanto, obviamente todos os atributos do ser humano estão envolvidos nisso. Portanto, isso implica no fato de que esses atributos derivam de Deus, que resolveu comunicá-los ao ser humano quando o fez à Sua imagem.
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Quais são os atributos do ser humano?

  • O ser humano possui espiritualidade: a natureza humana é uma unidade complexa que é constituída de uma parte material e outra imaterial. A Bíblia diz que depois de Deus ter formado o homem do pó da terra, soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente (Gênesis 2:7).
  • O ser humano possui imortalidade: uma vez criado, jamais o homem deixa de existir. É incrível que mesmo sabendo que a morte é algo inevitável, o ser humano tem extrema dificuldade em aceitá-la. Isso acontece porque a morte veio por causa da maldição do pecado. Ela quebra temporariamente a unidade da natureza humana que deveria ser indissolúvel, ou seja, ela separa o espírito do corpo. Portanto, a morte não é a aniquilação da natureza humana; não é a cessação da existência. A morte é uma separação dolorosa, mas que não extingue o atributo da imortalidade com o qual o homem foi criado.
  • O ser humano possui intelectualidade: historicamente esse atributo do ser humano tem sido apontado como a principal identificação da imagem de Deus no homem. O homem possui uma capacidade singular de raciocinar; de pensar e agir de forma complexa.
  • O ser humano possui capacidade de escolher: Deus criou o homem como uma criatura volitiva. Isso significa que o homem possui uma vontade e a capacidade de tomar decisões e fazer escolhas.
  • O ser humano possui capacidade moral: sendo uma criatura intelectual e volitiva, o homem possui responsabilidade moral sobre seus raciocínios, ações e decisões. Ele possui a habilidade de entender que deve agir conforme certos princípios morais e que assume responsabilidade por isso.
  • O ser humano possui pessoalidade: o homem é uma criatura que tem personalidade. Ele é uma pessoa e possui caráter, traços emocionais, e capacidade de relacionar-se afetivamente de forma interpessoal num nível especial que não é encontrado em outras criaturas.
  • O ser humano possui criatividade: sendo uma criatura intelectual, volitiva, pessoal e moral, obviamente o homem também é um ser criativo.

O pecado afetou os atributos do ser humano?

A Bíblia não deixa qualquer dúvida de que o pecado afetou todos os atributos do ser humano. É verdade que algumas teorias surgiram ao longo da história da Igreja com o objetivo de promover a ideia de que o homem nasce puro e com todos os seus atributos intactos, perfeitos e livres dos efeitos da Queda.
Mas esse tipo de pensamento é completamente contrário à verdadeira doutrina bíblica. A doutrina do Pecado Original é amplamente ensinada nas Escrituras que afirmam a total depravação da natureza humana decaída.
Citando o Antigo Testamento, o apóstolo Paulo explica de forma muito clara como os atributos do se humano foram afetados pelo pecado (Romanos 3:10-12). Ele escreve:
  1. “Não há um justo, nem um sequer” – a pureza moral foi perdida.
  2. “Não há ninguém que entenda” – num certo sentido a capacidade intelectual foi afetada.
  3. “Não há ninguém que busque a Deus” – o homem tornou-se espiritualmente morto. Sua comunhão com Deus foi quebrada.
  4. “Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis” – sua pessoalidade foi infectada; suas emoções foram contaminadas e seu caráter foi maculado pelo pecado.
  5. “Não há quem faça o bem, não há nem um só” – o coração do homem tornou-se inclinado ao mal e sua vontade foi comprometida.
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Os resultados da corrupção do pecado nos atributos do ser humano

Vimos que o pecado afetou os atributos do ser humano. Isso, porém, não significa que a imagem de Deus no homem foi completamente perdida. Apesar do pecado, o homem continua sendo uma criatura feita à imagem de Deus – ainda que essa imagem tenha sido terrivelmente danificada.
Vamos a um exemplo mais prático: a intelectualidade do homem foi contamina pelo pecado, mas ele ainda é capaz de pensar e raciocinar. Como diz R. C. Sproul, nós raciocinamos falaciosamente, mas ainda temos essa capacidade.
O mesmo princípio se aplica aos outros atributos. O homem caído não-regenerado está morto espiritualmente, mas ele ainda possui um espírito. Ele não tem mais pureza moral, porém ainda é capaz de entender que existem princípios morais que devem ser obedecidos, e continua responsável por suas decisões atitudes diante deles.
Seus relacionamentos são profundamente prejudicados pelo pecado, mas o homem ainda possui afeições e tem a condição de estabelecer relacionamentos interpessoais. Na maioria das vezes a criatividade do homem é usada a serviço do pecado, mas ele ainda é um ser criativo. Sua vontade é inclinada ao mal, mas ele ainda é capaz de fazer escolhas e tomar decisões livres conforme o padrão de sua natureza decaída.
Mas a obra redentora de Cristo aplicada pelo Espírito Santo no ser humano vivifica-o espiritualmente, liberta-o da culpa do pecado, restaura sua comunhão com Deus e capacita-o a ficar livre do poder do pecado através da santificação. Então seus atributos passam a ser condizentes com sua nova natureza.
O redimido possui a mente de Cristo; sua conduta moral reflete o caráter de Cristo – em quem se cumpre plenamente o propósito de ser a imagem de Deus (Colossenses 1:15-22; Hebreus 1:3); sua personalidade e seus relacionamentos revelam as virtudes do fruto do Espírito; e sua vontade não está mais escravizada pelo pecado. Agora ele é capaz de desejar o bem espiritual e sentir prazer em agradar a Deus.
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A Criação de Eva, a Primeira Mulher

Desde a criação de Eva, a primeira mulher, a Bíblia mostra que as mulheres não foram simplesmente entregues a um papel secundário e sem expressão no plano de Deus para a humanidade. Na verdade as mulheres na Bíblia aparecem envolvidas em diversos eventos importantes na história da redenção.
Ao longo da história bíblica temos vários de registros de mulheres incríveis. No Antigo Testamento podemos citar: SaraRebecaMiriãRaabeDéboraRuteNoemiHuldaEster e tantas outras. No Novo Testamento encontramos também Maria, mãe de JesusMaria Madalena e muitas outras mulheres que tiveram um papel essencial na proclamação do Evangelho.

A história da criação de Eva, a primeira mulher

A própria criação de Eva, a primeira mulher, indica que a história humana seria impossível sem a mulher. Sem sua companheira, o homem era um ser incompleto. Isso está claro na declaração do Senhor após ter criado o homem: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele” (Gênesis 2:18).
Deus fez cair um sono profundo sobre Adão e criou Eva de uma de suas costelas (Gênesis 2:21,22). Por isso a conclusão de Adão foi muito apropriada: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada” (Gênesis 2:23).
O registro da criação da mulher na Bíblia realmente é algo maravilhoso, pois indica um processo que supera a compreensão humana. Embora homens e mulheres possuam inúmeras diferenças genéticas e estruturais, a mulher foi tomada a partir do homem e ainda assim consiste num ser único.
Eva, a primeira mulher, não foi um clone de Adão, mas uma pessoa completa, singular e com a mesma dignidade do homem. Outra coisa interessante é que se a primeira mulher veio do homem, todos os outros homens na sequência da história da raça humana vieram da mulher.

A dignidade da mulher na Bíblia

A história da criação da mulher na Bíblia também mostra que não há espaço na Palavra de Deus para ideias que atacam a dignidade e o valor da mulher. Movimentos que afrontam a Escritura alegando que o texto bíblico é machista e preconceituoso com as mulheres, definitivamente não conhecem a Bíblia.
É verdade que no período histórico em que os textos bíblicos foram escritos, muitas mulheres viviam em situação difícil. Muitos povos do antigo Oriente Próximo enxergavam e tratavam as mulheres com inferioridade. Mas a Palavra de Deus jamais validou esse tipo de pensamento.
Aqui vale lembrar que a Bíblia deixa bem claro que assim como o homem, a mulher foi criada à imagem de Deus (Gênesis 1:27). Portanto, a mulher não é menos parecida com Deus do que o homem. Além disso, o Novo Testamento não deixa dúvida de que diante de Deus homens e mulheres são iguais (Gálatas 3:28).
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A importância e o papel da mulher

Desde o começo a Bíblia também afirma que homem e mulher receberam papeis diferentes na criação. Em outras palavras, Deus confiou papeis específicos ao homem e a mulher. O homem foi criado primeiro e recebeu a responsabilidade de ser o líder civil e religioso de sua casa. Depois, a mulher foi criada como a auxiliadora idônea do homem. Isso também quer dizer que a participação da mulher no sucesso do homem no cumprimento de seu papel, é fundamental (cf. Provérbios 31:11-31).
Porém, depois da Queda a liderança natural, boa e moralmente pura do homem foi contaminada pelo pecado. A partir daí a Bíblia fala da mulher como sendo dominada pelo homem. Isso significa que aquela sujeição e liderança harmônica e natural haviam sido manchadas pelo pecado, e muitas vezes as relações entre homens e mulheres seriam desgastantes, dolorosas e custosas.
O próprio registro bíblico considera a preocupação com a vulnerabilidade feminina diante da possibilidade de uma opressão masculina, e mostra como a nação de Israel recebeu leis da parte do Senhor que protegiam as mulheres.
Já no Novo Testamento, mesmo num contexto histórico em que frequentemente as mulheres eram desprezadas em relação aos homens, o Senhor Jesus assegurou a dignidade das mulheres. Seu ministério terreno foi em grande parte custeado por mulheres.
Além disso, são as mulheres que aparecem no texto bíblico acompanhando de perto a crucificação e depois envolvidas nos tramites do sepultamento de Jesus. Depois, quando Jesus ressuscitou, Ele apareceu primeiro a uma mulher (João 20:16-18). Também na sequência da história da Igreja Primitiva, as mulheres surgem trabalhando ativamente para o Senhor nas comunidades cristãs no primeiro século. Aqui podemos citar DorcasLídiaPriscila etc.
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A Bíblia não ensina a inferioridade da mulher

O fato de homens e mulheres terem recebido papeis específicos no plano de Deus – com a liderança da casa e da Igreja sendo confiada ao homem – isso jamais deve ser entendido como algo que ataca o valor e a dignidade da mulher. Como vimos, o valor da mulher é assegurado na Escritura desde o relato da criação de Eva, a primeira mulher.
Movimentos que dizem que a Bíblia diminui as mulheres e que a Fé Cristã é contra seus direitos, são no mínimo desonestos. Esses movimentos se esquecem que são justamente nos países fortemente influenciados pelo Cristianismo que hoje as mulheres têm seus direitos garantidos.
O que definitivamente a Fé Cristã não aprova são comportamentos que, na desculpa por garantir o direito das mulheres, acabam atacando a dignidade da vida e os princípios imutáveis da Palavra de Deus, como por exemplo, o aborto, a desmoralização da família etc.

Adão, o Primeiro Homem: Como Foi a Criação do Homem?

A criação do homem é claramente registrada na Bíblia Sagrada que ensina que toda a humanidade veio a partir de Adão, o primeiro homem criado por Deus. Isso significa que à luz das Escrituras a origem do homem não está numa sequência de processos aleatórios que resultaram num processo evolutivo, mas está no ato criativo de Deus conforme o conselho de Sua vontade soberana.
Portanto, a história bíblica da criação do homem não começa apenas em Adão, o primeiro homem criado, mas começa em Deus – Aquele que livremente, conscientemente e propositalmente resolveu criar o homem. Antes do homem ser criado, houve o conselho divino: “Façamos o homem […]” (Gênesis 1:26).
Diferentemente de Deus que é eterno e auto-existente, o homem jamais existiria se não tivesse sido criado por Deus; bem como jamais poderia continuar existindo se não fosse pela atividade sustentadora de Deus para com Sua criação. Deus tem o poder de ser em Si mesmo; o homem não. A área da teologia cristã que estuda essa disciplina é chamada de “antropologia bíblica”.

O relato bíblico da criação do homem

A Bíblia apresenta o relato da criação de uma forma simples e objetiva. Em nenhum momento o texto bíblico se propõe a oferecer uma descrição cientifica da origem do homem, mas concentra-se em oferecer um relato muito bem ordenado capaz de ser entendido com clareza por pessoas de diferentes lugares e épocas.
Em resumo, a história bíblica da criação do homem diz que o Deus Todo-Poderoso que é totalmente sábio e bom, pelo conselho de Sua vontade criou a raça humana para glorificá-lo, amá-lo e servi-lo.
livro de Gênesis organiza a criação do homem em dois relatos principais: Gênesis 1:26-28 e Gênesis 2:7ss. Em sua teologia sistemática, o teólogo Millard Erickson observa que o primeiro relato simplesmente registra a decisão divina de fazer os seres humanos à Sua própria imagem e semelhança, e a ação divina concretizando essa decisão. Nesse primeiro relato nada é dito sobre os materiais ou o método utilizado na criação do homem. Mas é dito que os homens deveriam ser frutíferos, se multiplicar e dominar a terra.
Já o segundo relato da criação, no capítulo 2 de Gênesis, enfatiza a maneira pela qual Deus criou o homem. O texto bíblico diz: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego da vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2:7). Mais a frente o mesmo texto ainda esclarece como Eva, a primeira mulher, foi criada por Deus a partir de Adão, o primeiro homem (Gênesis 2:21,22).
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O objetivo da criação do homem

Quando estudamos sobre a origem do homem, é inevitável que surja a seguinte pergunta: Por que a humanidade existe? Enquanto muitas pessoas se esforçam para responder esta pergunta com grandes ensaios científicos ou complexas reflexões filosóficas, a Bíblia responde de uma maneira bem didática.
Logo no primeiro capítulo da Bíblia, lemos: “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Deus os abençoou, e lhes disse: Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra” (Gênesis 1:27,28).
Com base nesses dois pequenos versículos – que são confirmados pelo restante de todo o ensino bíblico sobre este tema – podemos entender alguns pontos principais acerca do objetivo da criação do homem.
  • Deus criou a humanidade para sua própria glória. Perceba que o versículo bíblico diz que o homem é criatura de Deus feito à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26). Então o homem originalmente foi criado para ser um refletor da imagem de Deus na criação. O grande objetivo da criação do homem é a glória de Deus (cf. Isaías 43:7; 1 Coríntios 10:31; Efésios 1:11,12).
  • Deus criou a humanidade para desfrutar de um relacionamento com Ele. A verdade de que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança também ensina isto. Por ser, de certo modo, semelhante a Deus, o homem pode se relacionar com Ele como nenhuma outra criatura em aspectos mentais, espirituais e morais.
  • Consequentemente, Deus criou o homem para ser seu representante sobre toda a criação, servindo como seu vice-regente. Isso fica claro quanto o texto bíblico diz que Deus abençoou o homem e lhe ordenou que se multiplicasse e dominasse sobre a terra.

Adão, o primeiro homem: um ser criado ou evoluído?

Contrapondo ao ensino bíblico, historicamente os homens têm buscado outras supostas explicações acerca da origem da humanidade. Foi assim que nas civilizações antigas surgiram várias mitologias que contavam, cada qual a seu modo, como foi que o homem surgiu neste mundo.
Mais recentemente, teorias cientificas foram propostas para satisfazer a curiosidade no que diz respeito à origem do homem. As teorias evolucionistas orgânicas da criação tentam afirmar que a origem do homem surgiu de um acidente cósmico.
Já as teorias evolucionistas teístas tentam compatibilizar os pressupostos científicos com o registro bíblico da criação do homem. No geral, a maioria dessas teorias evolucionistas teístas defende que Deus criou o primeiro organismo e depois atuou na criação através do processo evolutivo. Então nesse caso, Adão, o primeiro homem, teria sido, na verdade, o primeiro representante de uma forma de vida pré-humana a alcançar tal status dentro do processo de evolução de sua espécie.
Mas é claro que tudo isso não encontra qualquer fundamentação bíblica e ainda relativiza ou mesmo ataca a autoridade e a inerrância das Escrituras. A Bíblia mostra Adão, o primeiro homem, sendo criado desde o início como um ser completamente desenvolvido e moralmente consciente.

Por Que a Família é Projeto de Deus?

A família é projeto de Deus porque foi Ele próprio quem a instituiu. Isso significa que a origem da família não se deu através de um projeto humano, mas através do projeto divino. Então qualquer ideologia que diga que a família é uma instituição ultrapassada e antiquada ao nosso tempo, é maligna. O propósito de Deus para a família não mudou!
Infelizmente estamos vivendo dias em que os valores estão sendo invertidos. Aquilo que é correto está se tornando sinônimo de inadequado; enquanto que aquilo que é errado está sendo cada vez mais admirado como o padrão a ser seguido por uma sociedade corrupta. Todavia, as verdades bíblicas sobre a família são irrevogáveis e permanecem válidas independentemente do comportamento pecaminoso do homem. A família é um projeto de Deus e continuará sendo.

Família, projeto de Deus

A Bíblia não deixa qualquer dúvida de que a família é projeto de Deus. O estudo bíblico sobre a família revela que Deus criou o homem e logo lhe deu a mulher como companheira. A Escritura afirma que Deus declarou que não era bom que o homem estivesse só, e por isso lhe preparou uma auxiliadora idônea (Gênesis 2:18).
Então depois de ter criado o homem e a mulher, Deus juntou-lhes como um casal e os abençoou para que fossem férteis e se multiplicassem sobre a terra (Gênesis 1:28). Portanto, a unidade familiar nasce a partir do casamento. A Bíblia é clara quando a isso: “Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne” (Gênesis 2:24).
Assim, o próprio Deus foi quem instituiu a família sobre a base do casamento, onde o homem e a mulher se unem tornando-se uma só carne, para que vivam juntos em plena comunhão.
Pelo restante de todo o Antigo Testamento a família aparece como sendo projeto de Deus e benção para o homem. O livro de Provérbios, por exemplo, traz várias passagens que destacam a família como uma dádiva do Senhor (Provérbios 18:22; 31:10-12). O mesmo ocorre no Novo Testamento que também enfatiza o padrão bíblico para a família como projeto de Deus (Efésios 5:18-6:4).
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Jesus e a família

Muitas pessoas que atacam o padrão bíblico para a família alegam que esses padrões são frutos do conservadorismo religioso. Algumas dessas pessoas ainda tentam criar um contraste entre a pauta defendida pelos cristãos quanto ao significado da família e o que realmente Jesus disse sobre esse tema.
A ideia dessas pessoas sempre é colocar Jesus Cristo como um tipo de guru da paz e do amor que aceita como válida qualquer expressão afetiva. Então nesse caso, supostamente a essência da família construída sob a base do matrimônio monogâmico, monossomático, heterossexual e indissolúvel, seria apenas um pensamento extremista que não reflete o ensino de Jesus sobre o assunto.
Mas é claro que essas pessoas estão completamente erradas. O Senhor Jesus reconheceu que a família é projeto de Deus e defendeu os princípios bíblicos imutáveis que a regulam.
O teólogo William Hendriksen pontua o posicionamento do Senhor Jesus sobre a família durante o seu ministério terreno (C.N.T. Marcos, pág. 490; ed. Cultura Cristã). Em resumo, ele lembra que:
  • Jesus reafirmou os laços do matrimonio entre homem e mulher e declarou sua indissolubilidade como uma instituição divina (Marcos 10:5-9).
  • Ele considerou tanto o marido quanto a esposa iguais diante de Deus (Marcos 10:11,12).
  • Ele assumiu que os pais seriam bondosos com seus filhos, e lhes proveriam com o que fosse melhor para eles (Mateus 7:9-11).
  • Ele enfatizou a lei divina de que os filhos devem honrar os seus pais (Marcos 7:6-13). Ele reafirmou essa regra por meio do seu próprio exemplo pessoal. Ele foi obediente aos seus pais, e, mesmo quando se encontrava na cruz, mostrou um cuidado amoroso para com a sua mãe (Lucas 2:51; João 19:26,27).
  • Ele amou os pequeninos, tomou-os em seus braços e, gentilmente, os abençoou (Marcos 10:13-16).
  • Ele insistiu que os laços que nos unem à família terrena são suplantados pelos vínculos que unem os membros da família espiritual (Marcos 3:31-35; cf. Mateus 7:11; 10:37). Consequentemente, ele considerava a família terrena como uma escola de treinamento para a família celestial.
Portanto, a família é projeto de Deus e sua importância é tão grande que a família terrena prefigura a família celestial que durará para sempre.